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Viver longe de casa

Foto do escritor: Valtência BarretoValtência Barreto

A decisão de ir embora, para outro país, nunca é fácil. Ela pode ser motivada pela busca de melhores oportunidades de vida, um novo emprego, estudos, um relacionamento, ou até mesmo pela fuga de um ambiente que não lhe cabe mais. Pode ainda ser apenas um desejo aventureiro de conhecer algo novo, de aproveitar a vida e conhecer novos lugares, novas pessoas.


Independente do motivo que te levou a ir, é inevitável ter que lidar com alguns sentimentos bem recorrentes à vida de quem decidiu viver longe. Sentimentos esses, que muitas vezes podem parecer confusos, contraditórios. Ao mesmo tempo em que há muita saudade, medo e insegurança, há também muito orgulho de estar conseguindo se virar sozinho e a alegria de viver momentos únicos, que só foram possíveis porque você arriscou tudo e foi.


Terão aqueles dias em que nada fará sentido e você irá passar horas chorando, pesquisando formas de voltar e se perguntando o por quê foi parar ali, tão longe de quem ama. Mas também terão aqueles dias em que você se sentirá tão feliz em conhecer um lugar que era seu sonho, se sentirá tão grato por conhecer uma pessoa que levará pro resto da vida, e se realizará profundamente por ter feito algo pela primeira vez sem a ajuda de ninguém.


Essa ambiguidade de sentimentos acompanha o dia a dia de quem largou tudo em um lugar e partiu para outro em busca de algo a mais. Para aqueles que não podem voltar com frequência, esses sentimentos são potencializados com doses de culpa e medo. Culpa por perder momentos importantes ao lado de quem ama, datas comemorativas, eventos em família, crescimento e envelhecimento daqueles que ficaram. E medo de que tais momentos sejam os últimos e que não tenham nunca mais a oportunidade de vivenciá-los.


Viver longe de casa é aprender a ficar doente sozinho, a amar por vídeo chamada, sentir vontade do gosto da comida daquela pessoa que está longe, mas ter que se virar para enganar o desejo com qualquer outra coisa. É dizer sempre que está tudo bem, mesmo quando não está, só para não preocupar quem pergunta. É aprender a ser filho de longe, irmão de longe, amigo de longe.


Aprender a lidar com esses sentimentos, olhar para si e buscar compreender seus reais desejos, é de grande importância para viver essa experiência de forma mais saudável e consciente. Para que, independente da decisão, seja ela de ficar, voltar ou ir para um outro lugar, ela seja feita de forma condizente com sua real vontade, acolhendo suas decisões e tendo o suporte necessário para bancá-las.


Cuidar da sua saúde mental é investir em uma maior qualidade de vida, independente de onde você estiver.

Se você está por isso e sente que precisa de ajuda pra lidar com essa nova realidade, agende sua sessão agora mesmo!


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Valtência Barreto | Psicóloga Clínica
CRP 06/128413
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