Mitos que assombram a pessoa traída
Quando se fala em infidelidade conjugal, é muito comum encontrarmos mitos e mal-entendidos que perturbam a pessoa traída. Selecionei os mitos mais comuns que freqüentemente são abordados durante a terapia:
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Eu sou culpada pela traição do meu parceiro
Quando você mulher se culpa pela traição do seu parceiro, está assumindo aquilo que é da responsabilidade do outro. Você se autoflagela e se vê como única responsável pela escolha e pelos atos praticados por ele. Mas ninguém pode ser culpado pela decisão do outro, ser infiel é uma escolha. Mesmo que muitas vezes ambos possam ser responsáveis pela traição, isso não te torna culpada pela escolha de trair dele. Essa ideia ignora a importância da responsabilidade compartilhada, o casal têm um papel na criação e manutenção do relacionamento, e é fundamental que ambos reflitam sobre suas contribuições para a dinâmica que levou à traição.
A amante é mais atraente que eu
É mais comum escutar isso de mulheres, aqui a infidelidade é vista puramente como uma necessidade sexual. Nem sempre a traição é motivada pelo sexo ou pelo fascínio pela aparência.
É importante olhar para o contexto emocional e relacional. Muitas vezes, a traição pode ser um sinal de necessidades emocionais não atendidas, como a busca por conexão, carinho, admiração ou compreensão. A infidelidade pode revelar lacunas na comunicação e na intimidade do casal que não necessariamente esteja ligada busca por atender necessidades sexuais
Quem ama não trai
A crença de que a infidelidade necessariamente indica falta de amor é simplista, a própria leitura dos mitos anteriores faz uma desconstrução dessa ideia. Como disse antes, a infidelidade conjugal pode ser o sintoma de uma disfunção ou uma dificuldade na relação. As relações são multifacetadas, e pessoas podem ser infiéis por diversas razões que não estão relacionadas ao amor pelo parceiro. Além disso, a traição pode acontecer num momento que o casal está em harmonia, uma vez que é uma questão de escolha e de valor pessoal. Da mesma forma que uma pessoa pode estar bem com seu parceiro e vir a traí-lo, outra pode viver uma constante angústia e sofrimento em sua relação e não cometer esse ato.
Vale colocar também que aquele que trai pode sentir-se culpado, arrependido, angustiado, temeroso com a descoberta e o fim da relação e, esses sentimentos podem vir acompanhados de muita dor e tristeza.
Se fui traída, então é o fim da minha relação
Embora a infidelidade possa ser devastadora, muitas relações conseguem se reerguer após a traição. Ela pode gerar reflexões do casal a respeito do relacionamento e, em alguns casos, motivar, inclusive uma melhora dessa relação. A conscientização e a construção de uma nova compreensão mútua, pode fortalecer o vínculo.
Desmistificar a infidelidade conjugal através da lente da Gestalt pode proporcionar uma compreensão mais profunda das relações. Ao abordar os mitos associados à traição, os casais podem encontrar caminhos para a cura, comunicação e reconexão. A terapia gestáltica oferece um espaço seguro para que os parceiros explorem suas emoções e reavaliem suas necessidades, promovendo um espaço de compreensão e crescimento mútuo.
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