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Ser feliz sozinha? Não dá!

Foto do escritor: Valtência BarretoValtência Barreto

Duas pessoas unidas pelo amor

Hoje eu quero ressignificar ou provocar uma ideia disseminada sobre o amor próprio.


Alguns especialistas do comportamento reforçam a ideia de que é possível ser feliz sozinho, de se colocar em primeiro lugar antes do outro, e isso tem se alastrado!


Não acho uma ideia muito interessante quando se envolve relacionamentos, que é uma necessidade humana indispensável, já que somos inegavelmente gregários.


Existimos à partir da relação com o outro e essa ideia me preocupa!


Frases do tipo: "Seja feliz sozinho" parece incentivar esse movimento atual de solidão e do se sentir sozinho, e isso tem crescido cada vez mais.


Uma era líquida intolerante em que o rompimento parece ser a única via possível. Lógico que há exceções e romper a relação, pode ser a melhor saída algumas vezes...

Mas voltando ao ponto principal, o resultado dessa ideia, são pessoas que isolam e se sentem cada vez mais sozinhas!


Claro que no contexto clínico, algumas pessoas tem um jeito de existir excessivamente dependente do outro, uma dependência emocional.


Essas pessoas não se permitem viver momentos de solitude por terem uma autoestima fragilizada, fogem da própria companhia por não gostarem ou confiarem em si. Possuem a tendência de se lançarem em relações tóxicas, já quem não selecionam bem suas escolhas, tendo como principal objetivo ao se relacionarem, a fuga da própria companhia.


Nesse cenário, a terapia irá focar em trabalhar essa polaridade, a interdependência nas relações (não dependência!). Levar esse cliente a criar e fortalecer seu autossuporte, a ter momentos sozinha, aprendendo a ter prazer nisso. E assim, estarem mais prontas pra se relacionar com leveza e seletividade, já que saúde em Psicologia significa "meio do caminho" e não um agir de modo extremista.


A verdade é que precisamos sim uns dos outros, a saúde mental também é avaliada pela minha possibilidade de abertura pra me relacionar.


Diante disso, ao considerar o outro como alguém importante, vou precisar considerar também suas necessidades.


Não preciso agir de modo subserviente, só me submetendo aos desmandos alheios.

Posso me posicionar, colocar meus limites (me respeito!) e ainda assim considerar os limites e necessidades alheias (respeito o outro!).


Seguindo esse raciocínio, que é muito importante para a saúde das relações, amo o outro tal qual me amo.


Não é necessário que ninguém esteja à frente ou atrás, ambos caminham lado a lado e negociam suas necessidades.


Por isso, se diz que a relação é pra pessoas dispostas e não pra disponíveis.

O quanto você e o outro estão dispostos a negociar para terem uma relação confortável?

Esse é um ponto que pode definir o quanto é possível ficar ou ir embora de uma relação.

Avaliar a disposição, própria e do outro.


Relacionamento é como um barco e só se sustenta de maneira saudável se ambos remarem em sintonia!


Se esse post tocou em você, se você está tendo dificuldades no relacionamento. Me chame aqui e vamos trabalhar isso juntas (o)!


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Valtência Barreto | Psicóloga Clínica
CRP 06/128413
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